Tuesday, December 26, 2006

Catetos e hipotenusas

Como disse ontem, este Natal teve da minha parte um tratamento diferente. Nao desejei Feliz Natal a ninguém! Estou farto de errar, e como dizia o rapazinho do futebol, prognósticos só no fim do jogo. Uma pessoa assume desejos que muitas vezes nao sao para si, e depois acaba por ter que lidar com a desilusao de um voto nao cumprido:

“Epá, queria que o Barnabé tivesse um feliz Natal e afinal o gajo caíu a descer as escadas no dia 24, vestido de Pai Natal e com as prendas dos filhos às costas... resultado: Estragou as prendas que tinha comprado após recorrer a um crédito pessoal, partiu a perna, a barba caíu-lhe, os filhos viram que era ele e começaram a chamar-lhe impostor. Que se se queria mascarar de alguma coisa, que o fizesse de Pinóquio, porque também nao passava de mentiroso...”.
E se pensarmos que tudo começou com o desejo de um Feliz Natal... francamente sentimo-nos estúpidos por errarmos tao redondamente. Mais vale estar calado , e dia 26 perguntar:
- “Entao, como é que isso correu?”
- “Correu bem”
- “Fico feliz. Ja sabia mas nao disse nada porque nao queria criar falsas expectativas”.

E assim damos um ar de sapiência, ao bom velho estilo do ovo de colombo.
Aproveito para felicitar a minha professora de matemática da 3ª classe, a professora Manuela, que me contou a história do Ovo de colombo que 20 anos depois perdura na minha memória!! Só ainda nao consegui perceber o que é que ovos têm a ver com matemática. Na altura imaginei o que sentiria uma criança que estivesse a aprender a fazer uma omelete, e de repente fosse confrontada com a história do teorema de Pitágoras:
“Catetos? Hipotenusa? Eu só queria comer qualquer coisinha...”.
Mas já estou a divagar.

Enfim, até no Natal a Futurologia é desadequada.

0 comments: