Monday, January 28, 2008

Smile damn it, smile!

Tenho-me em conta de uma pessoa bem disposta. As pessoas costumam perguntar-me se fui feito a rir...
É uma pergunta parva... é parva por vários motivos. O principal deles é que, em abono da verdade, não estava lá quando fui feito. Ou se estava, não tinha orelhas. Portanto, é uma pergunta para a qual não existe resposta possível. Ou é retórica, ou é parva. E como não vejo qualquer retórica interessada em debater o momento da minha concepção... acho que a pergunta é muito parva.

Mais do que saber como fui feito, tenho um sonho. O meu sonho é o de que, quando eu tiver um filho, ele me preste a devida homenagem e saia cá para fora com um sorriso nos lábios!
Odeio esta coisa dos putos virem todos cá para fora a chorar. Não percebo. Acho que se trata de sofrer por antecipação. É estúpido. Compreendo que "lá dentro" estivesse mais quentinho, mas ao mesmo tempo quer-me parecer que também deve ser mais apertadinho.
Quero um puto que saia a rir! A maioria das pessoas não gosta de putos, porque eles são fatalistas. Choram, choram, choram desde que vêem a luz do dia... Parecem adultos!!!
Sou sorridente e feliz! Com o tempo que passo a rir, se a minha mulher engravidar, tiver um filho e ele sair cá para fora a chorar... tenho bases para desconfiar de que o puto não seja meu! Portanto um aviso ao meu futuro descendente:
Não basta seres careca puto... se vais aparecer e queres ficar cá por casa, é bom que tragas um sorriso rasgado e uma gargalhada vibrante!

Saturday, January 26, 2008

Limites temporais

Hoje desejaram-me bom ano. Já ontem o haviam feito, o que me deu que pensar: até quando é aceitável desejarmos um bom ano a alguém?

Verão que a resposta, sem se pensar muito, será: até vermos (pela primeira vez no ano) esse alguém durante os primeiros 20-30 dias de Janeiro. Então e se virmos essa mesma pessoa em Fevereiro, não terá ela tempo suficiente pela frente para ter um óptimo ano? Eu diria que ela tem grandes probabilidades de corrigir o que tenha feito mal em apenas 1/12 do ano...Não estaremos a ser demasiado apressados? Ou é a fobia de chegar-se ao ano seguinte?

Na realidade, parece-me que, no fundo, bastaria dizer: Bom Janeiro. Porque quando chegarmos a Dezembro e fizermos a retrospectiva anual, lembrar-nos-emos de quem nos desejou um bom ano a dia 14 Janeiro? Certamente que não...

No pólo oposto desta questão, encontram-se aqueles que nos vêem 3 vezes no mesmo dia e repetem sempre: Bom dia. Mas é necessário reafirmar o desejo de que sejamos felizes neste dia?

Já para não falar na expressão "Boas saídas, melhores entradas"...o que é que isto quer dizer? O que é que pode mudar das 23:59 de 31 Dezembro para as 0:00 de 1 Janeiro? Será que o mundo à nossa volta melhora? Será que as passas deixam de ser amargas e o champanhe fica mais fresco?

Fica o desafio! Não desejem bom dia, nem bom ano. Desejem Bom Mês! Poupam trabalho...

Sunday, January 20, 2008

Rock, Drugs and Sex n´Roll

Eu acho que isto da indústria do sexo está de pernas para o ar, salvo seja! Antes de mais, sou contra a forma como esta indústria está a ser governada e isso acontece porque antes demais não tenho dúvidas absolutamente algumas de que está a ser governada por mulheres.

Tudo na indústria do Sexo, está desenhado para mostrar que os homens não sabem o que fazem e que as mulheres estão a ser prejudicadas no acto em si! Vocês podem achar que isto é mania da perseguição, e que eu sou só mais um homem que não sabe o que faz e que está a enfiar a carapuça, mas não é o caso! Aturem-me por uns minutos e vão perceber o que digo.

Estou no supermercado, na caixa para pagar e vejo ao lado dos rebuçados uma caixa de preservativos. O que faz sentido. Quem não consegue arranjar parceiro, compra uns docinhos e amanha-se! É o que faz quem quer fumar e não pode. Come doces.
Bom, mas a questão não é essa. Aproximo-me da caixa, não porque ande cheio de sorte mas antes porque ela parecia uma caixa de rebuçados Tutti Frutti, e leio o seguinte:

"Preservativos que acrescentam a diversão à relação Sexual"

Fiquei chocado! E fiquei chocado porque, se são precisos preservativos para acrescentar diversão à relação sexual, para quê incomodarmos-nos a ter a dita relação sexual?!?! Do meu ponto de vista, acho que todos ganhavam mais se abrissemos a caixa no meio da sala e deixássemos os preservativos fazer a sua magia!!!! Estamos a falar de quê? Preservativos que cantam? Dançam? Jogam à bola? Não percebo como é que estamos dependentes de preservativos para acrescentar diversão à relação... Algo vai mal no reino da cúpula...
É claro que esta táctica, é um pau de dois bicos! Já estou a ver gajos a dizerem:
"Foi tão bom para ti, como para mim? Não? Olha que sinceramente não percebo... Usei aqueles da diversão acrescentada... Devem estar estragados, ou fora do prazo ou quê...".

Bom, ultrapassei isso. Ultrapassei isso e fui ver televisão quando cheguei a casa. Ainda estava a pensar naquilo, mas estava a ver se me distraía. Pensei, vou ligar a Sic Notícias para ver se já encontraram a miúda McCan, ou se o aeroporto continua a não ser em Alcochete. Mas eis que vejo a seguinte notícia:

"Inventado Gel que aumenta o desejo sexual feminino em 300%"...

Foi demais!! Primeira conclusão: Se és uma daquelas miúdas que depende de preservativos para acrescentar diversão sexual, esquece este gel!! Porque 300% de zero, continua a ser Zero!! Não vale a pena, és um caso perdido!
Mas, se não é o caso, este gel não deixa de ser perigoso. Qual é a dose certa? É preciso comer antes de? Como se aplica? Tem efeitos secundários??? É mais caro que os preservativos divertidos?
Seja como fôr a mensagem está clara! Meninos apliquem-se, porque as nossas fragilidades estão a ser postas a nú.

Tuesday, January 15, 2008

Poesias Sanitárias

Já reparei nisto algumas vezes, mas nunca achei que fosse digno de escrever... pensei que o fenómeno abrandasse, mas a verdade é que tem escalado... Poesias nas casas de banho dos homens!

Não gosto de ver poesias em casas de banho, ou nas portas das casas de banho. Por várias razões, a principal das quais é que quem faz aquilo só tem (logisticamente falando) duas posições:

1) ou está sentado, e aí está claramente a dizer o que pensa da poesia

2) Ou é muito abençoado, está de pé, de costas para a sanita, e com a situação por cima do ombro para não falhar o alvo.

A segunda seria uma façanha admirável (sobretudo ao nível da pontaria), mas creio que não é o que se passa. Eu acho que andam pessoas sentadas a escrever poesia nos WC´s públicos!!! E o que é estúpido, é que por norma são poesias dedicadas a alguém. Eu acho que dedicar uma poesia numa porta de casa de banho dos homens a uma miúda de quem se gosta é estúpido! Aliás, é pior do que estúpido. É um esbanjar desnecessário de criatividade preciosa!
O gajo que escreve tem que escrever a desejar que a mulher amada nunca leia, porque se ela chega a casa a dizer que já leu a poesia... digamos que terá explicações para dar! Se ela não ler, ele também não pode chegar ao pé dela e dizer: "Estava a pensar em ti e escrevi umas coisas no WC dos homens".
A não ser que seja sobre um amor secreto... Aí parece-me um sítio optimo para declarações amorosas. Por exemplo, um gajo que tenha uma amante pode escrevê-lo no WC. Quanto mais não seja, porque estará a admitir que fez m*@#a, e isso é importante. é claro que a legítima esposa não pode ter irmãos nem amigos, e o pai ou não pode ser chegado ou tem que ter falecido! Caso contrário é um plano com falhas! No fundo o tipo de plano que um gajo que dedica poesias à mulher amada no WC conceberia.

Sunday, January 06, 2008

Call Boy

Eh pá, estou curioso relativamente a este filme: Call Girl!

Já sei, já sei o que estão a pensar. Dificilmente será pelo valor artístico do mesmo. E é um facto, não é pelo valor artístico. Não faço a mínima ideia se o filme é bom ou deixa de ser. E francamente, acho que nem me interessa.
Mas também não é pelo "valor físico" do filme, digamos assim... Sim, e esse eu sei que o filme tem. Ou pelo menos, visto daqui parece que tem. Como também não me devo aproximar muito mais, vou ficar com esta convicção. Há um valor físico implícito.

Mas o verdadeiro motivo da minha curiosidade, é que estou cá desconfiado de uma coisa: Ainda ningúem foi ver este filme. Neste momento não tenho grandes dúvidas disso.
Falo com os amigos, e eles só dizem que a miúda é boa, aliás, que é bem boa. Pergunto: "Mas foste ver o filme?". Respostas mais ouvidas:
-"Para quê? O cartaz diz tudo! Não preciso de largar 5 euros para isso".
-"Tás doido? E criar um conflito bélico lá em casa que sei que não tenho hipóteses de vencer?"

Viro-me então para as amigas. Dizem elas que a miúda é boa, aliás, que é bem boa (e é bom ver que a Soraia Chaves é um ponto de confluência entre homens e mulheres). Pergunto então: "Mas foste ver o filme?". Respostas mais ouvidas:
- "É um filme sem história nenhuma. Não dou dinheiro para o ver"
- "A miúda é boa, aliás, é bem boa... Mas não é nenhum Brad Pitt".
-"Tinha que levar o maridão, e não lhe quero dar ideias".

Ainda não conheci ninguém que fosse ver o filme. E isto está a deixar-me curioso. Mas sei que tenho que ser inteligente na hora de o ir ver. Não posso fazer parecer que quero ir pela Soraia, mas também não vou conseguir convencer ninguém que vou lá pelo Nicolau Breyner.
Não posso ir com um amigo. Ia fazer-me confusão. Ia-me sentir como um gajo que vai ao Passerelle à luz do dia. E eu não sou esse gajo.
Não consigo ir com uma amiga, porque elas começam logo a dizer que a Soraia é feia, que não tem classe, que o filme não tem história e que ela não é nenhum Brad Pitt.
Bem feitas as contas devia ir sozinho. Só eu e a Soraia, mano a mana sem ninguém a incomodar. Mas... a verdade é que aquele cartaz é demasiado agressivo. Como diria um dos génios da comédia que mais aprecio, se a Soraia fosse uma acção estaria em queda vertiginosa!! Está demasiado acessível, inundaram o mercado com ela. O que é óptimo para o qualquer gajo que se chame Mercado, mas é mau para a cotação de qualquer título. O cartaz faz qualquer gajo que vá ver este filme sozinho, um daqueles senhores que procuram os peep-shows!!!

É por isso que digo que ninguém vai ver este filme. Apesar de ser um filme, aonde se faz "Tudo" (acho que foi isso que ouvi no trailler). Pensem bem... TUDO!!! Não falta nada a este filme, e ainda assim não conheço ninguém que o tenha ido ver. Aliás, tive que adulterar o título do post para que vocês se dessem ao trabalho de o ler. Vocês leram-no, e eu não fiz nem metade de "Tudo"!

Friday, January 04, 2008

Flagelos...

Hoje venho falar do maior flagelo do século XXI: a queixa. No decorrer do século XX apareceu aquele que, para muitos, poderia tornar-se o maior flagelo de sempre: a droga. Mas, a tendência dos anos finais do século passado trouxeram-nos uma enorme bola de neve que é a queixa. A queixa engloba a queixinha, o queixume e, numa perspectiva mais ampla da bola de neve, a acusação, a denúncia e até a revelação do próprio segredo já aqui referido pelo grandioso Vantunes. Tem efeito bola de neve porque, quando uma pessoa se queixa, a outra lembra-se logo de 2 ou 3 queixas que tinha na manga para poder sacá-las numa ocasião daquelas!
Bom, e como é que a queixa se torna um maior flagelo do que a droga. Ora bem, porque hoje mesmo há drogados que não sabem já muito bem para onde se virar...entraram num círculo vicioso e trocarem a heroína pela cocaína ou esta pelo ecstasy já não lhes traz muito de novo. No fundo, não há grandes novidades neste mercado que, diga-se, está estagnado em termos de novos produtos. Realmente, os drogados estão à espera de algo novo, um produto em rampa de lançamento no ano de 2008 que lhes traga algo que eles nunca experimentaram. Ou seja, o drogado queixa-se....
E o que traz a queixa que é inovador? É que nós podemos queixar-nos de tudo: tá frio, tá calor, arrefeceu, tá uma brasa...; E é no trabalho onde se reflecte de forma mais premente este flagelo: se chegamos de manhã atrasados, é porque o trânsito está infernal e é uma razão mais para podermo-nos queixar de que o trânsito não nos deixa ter uma vida melhor; se temos uma hora de almoço é porque não dá tempo para resolver nada, se temos uma hora e meia de almoço é porque saímos sempre tarde...se trabalhamos por turnos, é porque nunca podemos planear nada, se trabalhamos das 9 às 18 é porque é aborrecido...; ganho pouco, ganho mal, fui aumentado mas queria mais, os políticos ganham bem e não fazem nada...;quero férias, hoje é 3ª feira falta tanto para sábado, nunca mais é sexta, hoje é domingo amanhã tenho que trabalhar...; não me apetece fazer nada, não tenho tempo para nada, tou cansado...tenho tanto para fazer...; tá frio, tá calor, arrefeceu, tá uma brasa...; ufffff......
Nunca estamos bem. Há sempre algo que nos torna uns queixosos.
No dia em que alguém leve estes assuntos a tribunal até os juízes queixar-se-ão das queixas que têm que julgar: "esta queixa é estúpida", "esta queixa é injustificada", "esta queixa exige uma segunda apreciação", "desta queixa já me queixei eu antes e não fui a tribunal por isso!"
Desculpem este desabafo, mas tinha que me queixar...!