Insatisfeito

Estou preocupado com as pessoas... Nunca estao muito felizes. Eu por exemplo neste momento estou fulo, porque escrevo num teclado americano, sem acentos nem nada. Mas se nao tivesse um PC estaria mortinho por ter um, mesmo que tivesse teclado arabe.

Mas o que me chamou a atencao para este fenomeno, foi o facto de hoje uma colega me ter perguntado: "Aonde e que nos dirigimos para nos podermos queixar da DECO?" - UAU!! Ca para mim, uma pessoa que se queira queixar da DECO, esta a ser demasiado exigente. Eu ja li coisas sobre a DECO... Se um tipo beber leite estragado, a DECO apresenta-nos mil e uma razoes pelas quais a culpa disso e do fabricante de leite, ou em ultima instancia, da propria vaca!! Nunca nossa. Para mim sao gajos porreiros. Nem a Madre Teresa nos daria razao em casos que a DECO defende por nos, com unhas e dentes. Um tipo que recorra a prostituicao e apanhe uma doenca, pode reclamar a DECO, que eles ligam para casa da profissional e perguntam se ela esta certificada e tem as vacinas em dia!! Ela e que acaba por pagar (ja estou a imaginar o sorriso na cara de uma data de membros de clubes de Xadrez - Wow, sexo a pala!! Lamento, esou a recorrer a uma hiperbole). Epa, quando um ser humano se quer queixar da DECO, parece-me claro aonde reside o problema.

No outro dia, estava na fila de um cafe, e um homem pediu uma garrafa de agua. Pergunta da praxe: "Fresca ou natural?", e uma resposta ainda melhor: "Fresca, mas nao gelada. A dar para o natural, mas nao fria." - Uffffffffff. Mais valia o empregado ter perguntado se ele ia querer assinar o livro de reclamacoes, antes ou depois de beber a agua.

As pessoas nunca querem estar bem... Impressionante.

(Im)Potencia

Estou preocupado...

Sento-me a ver televisão, e eis quando senão me deparo com o Nicolau Breyner a fazer um anúncio a um produto contra a impotência. Já não me lembro do nome do produto, já não me lembro do conteúdo do anúncio, já não me lembro se se toma com água ou o quê... Só me lembro do Sr. Breyner.
Já tinha reparado que andava de bochechas caídas, mas francamente pensei que parava por aí.
Não acredito em tabus, mas creio solenemente que há coisas que devem ser mantidas entre as 4 paredes do lar de cada um.
Agora, assumir para o mundo que ... não dá para passar sem uma ajudinha... Eu não concordo. Os problemas de cada um devem ficar com cada um, sobretudo se forem de índole sexual.

Depois há a antítese completa: Zézé!! "You eat gelade, gelade gives points you can change for primes - Primes are telemobiles and many many another"... - Cuspam-me na cara!! A sério...
E a dança do homem... Ele precisa do anti viagra. Uma porquinha de saias é capaz de o pôr a falar naquele inglês (?!?) esquisito, que (pelos vistos) constitui uma espécie de ritual de acasalamento. Coloco-me no lugar de um jovem, que vê os dois anúncos seguidos, que está naquela fase de escolher os seus ídolos e tem duas opções:

1- Um senhor já de idade, com um ar de Pai Natal sem barbas, que assume precisar de ajuda para se emocionar.
2- Zézé Camarinha - não há como descrevê-lo, o nome é a sua melhor definição - You eat gelade???? Gelade???

Epá, a escolha fica dificil. Eu não quero ser bimbo, mas tb não quero ser... digamos que insensível... Mal por mal prefiro ser aquele bichinho dos cabelos oleosos do organics.

Sexy?!?!

Hoje estava escrito que ia escrever sobre mulheres. Não sei porquê.

Não quer dizer que seja necessariamente mau, até vou defender um pouquinho o sempre indispensável sexo feminino:
As mulheres são mais bonitas que os homens - Pronto já as defendi, agora vamos ao que interessa.

Alguma vez ouviram dizer que: Uma mulher zangada fica extremamente sexy...

Tendo isso em mente, já repararam nas senhoras a conduzir? Não é por nada, mas fico sempre com a sensação de que é algo pessoal. E digo algo, porque não percebo o que é. Uma vez perguntei a um amigo meu, o que é que mais valorizava num veículo. Era um daqueles machos fanáticos, começou-me logo a falar em cavalos, conforto, carroçaria, performance da caixa de velocidades... enfim, não percebi nada. Acenei com a cabeça em sinal de aprovação, e fui-me embora a sentir-me estúpido.

A seguir perguntei o mesmo a uma amiga, e com um sentido muito prático ela respondeu-me: "A BUZINA!!!!! A buzina tem que ser boa."... Confesso que percebi melhor o uq eme foi dito pela minha amiga, mas a forma como os olhos dela brilharam quando disse "buzina", não pode deixar de ser considerado assustador. Aliás, a buzina surge em segundo lugar na lista dos melhores amigos da mulher logo a seguir aos diamantes.
E um amigo meu, vendedor de carros disse-me que já aconteceu por duas vezes uma senhora deixar de comprar um carro, porque a buzina não é suficientemente aguda. E uma locutora de rádio disse uma vez que um carro sem buzina é como uma muamba sem gindungo.

E depois é a incoerência. Já repararam que existem mulheres que ficam muito ofendidas quando um homem tem um acto de cavalheirismo (nem todas)? Algumas vão mesmo a correr para o carro e fecham-se lá dentro a buzinar, de tão furiosas que ficam. Outras há que têm buzinas de bolso... Mas na estrada, segundo elas, a lei do cavalheirismo sobrepõe-se à lei da prioridade, por mais que esta seja a validada pelo código da estrada. Elas passam sempre primeiro!! Estejam à direita, à esquerda, ao centro, à frente e até atrás!!! E depois olham com aquele ar de desprezo, ou de "fui eu que construí esta estrada com as minhas próprias mãos". Dá para relaxar?? A minha preferida é quando elas metem a cabeça de fora e dizem :"Isto é para conduzir com atenção!!" - e nós não conseguimos ouvir, porque enquanto o dizem estão a buzinar - O que constitui um talento admirável porue não deve ser fácil abrir a janela enquanto se buzina, principalmente se fôr daqueles carros sem vidros eléctricos. Fica feito o desafio, a coordenação motora é complicada.

Ou seja, cai por terra aquele mito de que uma mulher zangada é muito sexy - isto poderá ser verdade, mas desde que não tenha carta ou carro próprio.

Portanto: Uma mulher que não tenha carta, ou carro próprio e esteja zangada poderá ser muito sexy.

Informáticos

Hoje em dia, os informáticos estão na maior. Em cada esquina há um computador, a internet está em franca evolução, toda a gente precisa de um informático como de pão para a boca. E isto aplica-se mesmo a quem não gosta de pão.

E quem faz os programas que nos dão tantos problemas?? Os informáticos... É curioso, não? Sou obrigado a começar a suspeitar que fazem os programas com erros de propósito... Por exemplo, o gajo que inventou o anti-vírus, deve ter alguma relação com o gajo propagou o vírus. É lógico!!

Mas escrevo isto por outra razão: Hoje tive um problema informático... liguei aqui para o departamento da empresa onde trabalho e expliquei a questão. Logo de início fui bombardeado com inúmeras questões:

"Qual o número de I.P. da máquina?" (por máquina entenda-se computador... o que é estranho porque sempre que penso em máquina lembro-me de roupa suja, mas isso sou eu); "Capacidade da máquina?"; "Tipo de processador?" ; "Memória da máquina"; "Está a ver o canto inferior direito do seu monitor?? Que número é que tem lá?"....
Após meia hora de questionário, surge a solução:
"Desligue e ligue a máquina novamente"!!

O que me parece bem. Estou com receio de um dia ter um filho, ele adoecer, eu levá-lo ao médico e o médico dizer: "Engravide a sua mulher de novo".

Ou um dia estar a ver um jogo de futebol, e o treinador da equipa que está a perder, em vez de dar uma ordem de substituição... limita-se a ordenar que o jogo comece de novo!!!

Se eu soubesse disto na faculdade... oh oh!! "O exame tá mau shôr professor?? Não há crise, faço-o de novo!!!!".

Em cada 30 vezes que ligo para o departamento de informática, fico com aquela sensação do ovo de Colombo... Mas parece ser sem dúvida a profissão do futuro, e a que merece ser bem paga. Acho piada quando vejo nos anúncios: "Sólidos conhecimentos de informática...". Sou praticamente informático. Desligo e ligo o computador, perdão, a máquina como ninguém.

Reencontros

Adoro reencontrar pessoas. É óptimo, quando estamos sem nada para fazer e começamos a pensar nas pessoas que conhecemos e que já não vemos há algum tempo. Mandamos umas mensagens, recebemos resposta de cerca de 5 por cento. É uma alegria.

Mas para mim isto chega. Sabem como é, dar sinal de vida:"Olá, tudo bem. Estou vivo". Acho que a maioria das pessoas pensa assim também. Mas há aquelas pessoas que vão longe demais. Querem-se encontrar... Isto é o mesmo que ir ao casino, ganhar na primeira jogada e continuar a apostar porque sentimos que estamos com sorte. Tenho novidades, o que dizem é verdade: A casa ganha sempre.
Não vale a pena continuar a meter dinheiro na máquina, nunca mais vai sair nada.

Já presenciei alguns destes encontros - quando não tenho nada que fazer vou para o parque ver as pessoas reencontrarem-se (o que chama a atenção para uma existência um pouco vazia, mas a questão não é essa), e vejo que a seguir àquele entusiasmo inicial, segue-se sempre o momento NSBOQDA - estas iniciais significam não sei bem o que dizer agora... E depois a pergunta mais irritante do mundo: "Então, novidades??" - como se o interlocutor fosse um jornal. E a resposta ainda pior: "Novidades? Só no continente...", o que introduz a publicidade e toda a gente sabe que a publicidade a seguir ao telejornal leva inevitavelmente ao tempo: "Uff, que calor!!". Portanto acabamos por estar a falar sobre o tempo em vários países do mundo: "Em Adis Abebe está muito mais calor que aqui!! ui ui, acredita" - isto não é mau, caso nos interessemos pelo fenómeno, ou caso sejamos metereologistas.
Aliás, já pararam para pensar que raramente nos deparamos com um metereologista? Se o tempo fosse uma coisa tão interessante, porque é que não há mais metereologistas? Conheço pedreiros, advogados, médicos, homens do lixo (perdão, técnicos de higiene), vendedores, compradores, inspectores, desportistas tudo!!! Metereologistas é que não conheço nenhum.
Em boa verdade deve ser por isso que o tempo é tema de conversa entre pessoas que não se conhecem, pois a probabilidade do outro interveniente nos contradizer é minima : "Pera lá!!! Eu sou metereologista e sei que isso das frentes frias não é bem assim"...

P.S.: Isto não se aplica a todos os reencontros, claro está. Ok Beyoncee?

Lei de Murphy

Diz a lei: "Se alguma coisa puder correr mal, concerteza que correrá".
O seu corolário é ainda pior: "E isso acontecerá na pior altura possível".

Quero que partilhem comigo as vossas experiências deste género. Hoje é o dia da interacção.

Por exemplo, há situações que são constrangedoras, e que por mais que tentemos, nunca conseguimos evitar.

Quem já não entrou na carruagem de um combóio e ao fundo avistou um personagem indesejável. Daqueles a quem não queremos falar. Esta é a pior situaçao do mundo. Nunca temos hipóteses de ganhar, dê por onde der.
Se nos sentamos ao lado da pessoa, temos que ir o caminho todo a falar do tempo (se fôr miúda), ou da bola (se fôr rapaz). E se o rapaz não percebe de bola, nós falamos de bola e ele tenta a todo o custo inserir a metereologia na conversa.
Pensamos sempre, basta não olhar para lá, mas ao mesmo tempo que o fazemos estamos a pensar: "Será que já me viu? Nunca, se me visse já me tinha falado" - o nosso egocentrismo é lindo. Aquela pessoa a quem não queremos falar, nunca nos faria o mesmo!!! Se nos visse, falava até a fazer o pino!! Quando olhamos só para ver se já nos viu, essa pessoa está mesmo a olhar para nós e depois tanto um como o outro têm que simular caras felizes. A curiosidade pode não matar o gato, como dizem, mas torna o percurso Damaia - Rossio numa coisa muito mais chata.

Ou então, quando estamos cheios de pressa para chegar algures e à nossa frente está uma pessoa a quem não queremos falar... Podemos diminuir o passo à vontade, não há maneira de escapar. Parece de propósito. Aquela pessoa vai ter dores nos pés, vai parar para aolhar para os pássaros nas árvores, seja o que for - é inevitável apanhá-la. E se atravessamos a rua, há sempre um acidente que obriga a pessoa a olhar para o outro lado, ou até somos atropelados... Nestas coisas a lei de Murphy nunca falha.

O pior e mais clássico cenário, é quando vamos ao Multibanco e só queremos levantar 10 euros, e vindo não sei de onde aparece alguém que não paga as contas há três meses. Há pessoas que pegam na pasta para ir ao Multibanco!! E falo de àgua, luz, telefone, telemóvel, carregamento do Telepac, até se vêem pessoas a pagar impostos, ou a comprar bilhetes para os U2... E quando reparamos que há uma caixa de multibanco ao lado, certamente que esta não tem dinheiro, ou está fora de serviço.

Lei de Murphy... Será coincidência que nada que envolva a palavra lei, seja, ou signifique algo de positivo?

Impostos

Tema recorrente, mas está na ordem do dia.

Parece que o governo britânico está a ponderar a introdução de um novo imposto: O Imposto anti-terrorismo.
Funciona da seguinte forma, um país é atacado, destruído, quiçá dizimado e o seu povo, para aprender a não estar distraído, é multado (não vamos embelezar a coisa, trata-se de uma multa)!!

A campanha de sensibilização poderá ter o slogan: "You should have been watching!".

Com esta campanha, o governo de Tony Blair pretende fazer ver ao mundo que existem diversas formas de terrorismo, e que os árabes não são os piores de todos.
Aliás, diz a notícia que grande parte do dinheiro arrecadado com este imposto, servirá para proteger as comunidades islâmicas em Londres que têm sido vítimas de vários ataques racistas... Pois ´tá claro, isso é que vai fazer com que a população deixe de os atacar!! Se eu fosse inglês pensava: "Quer-se dizer, os amiguinhos deles destroem-me o Metro. Mas em compensação o governo cria-me um novo imposto!! Espero que ninguém lhes faça mal, até trazem benefícios...".

No Quénia (país da Commonwealth britânica) um turista achou a notícia muito interessante. Diz quem viu, que perante a possibilidade de poder criar um novo imposto, José Sócrates ligou para o líder da nação Islâmica recordando que Portugal participou na cimeira dos Açores, que apoiou os americanos e que continua a fazê-lo, que mais de metade das séries que passam na nossa nação são americanas e que o primeiro ministro de portugal está a passar férias numa colónia britânica . Perguntou inclusivé qual a hipótese de sofrer um atentadozinho nos próximos tempos, de preferência a tempo de se rever o orçamento de estado. Inclusivé, perguntou se podia encomendar um atentado dos mais baratos, só com um ou dois homens bomba, porque somos um país humilde. Como local, sugeriu a toca aonde habita o Marques Mendes.

Férias

Parece que o primeiro ministro vai de férias... A mim a notícia provoca-me algum espanto, porque eu pensei que o indíviduo já estava de férias desde que ganhou as eleições.
Mas não, foi de férias. O Sr. está cansado. Está farto de trabalhar, porque isto de estar sempre a levantar impostos cansa qualquer um. Não dou novidade nenhuma quando digo que os impostos são pesados e portanto, basta somar dois mais dois para se perceber o porquê deste cansaço.
Vai de férias para o Quénia, fazer um safari com a família, o que é nobre.
Mas o que eu não percebo é isto: Mas estamos em crise ou não? É que se estamos em crise, a mim sempre me ensinaram que o exemplo deve vir de cima. Tudo bem, é um passeio didáctico e os miúdos vão aprender muito sobre a vida animal... Duas palavras para isto: SETE RIOS! Temos lá um jardim zoológico e tudo. Consta que tem lá uns bichinhos. Agora o safari para o Quénia??? Nos tempos que correm, com esta crise e com estes impostos, Safari é para beber (1 copinho a cada 15 dias!!E com muito gelo) e não para fazer com a família toda e o amigo das novelas!! Mas andamos a brincar com isto tudo ou quê??
Eu se quiser ir fazer um safari com os meus filhos tenho que engravidar alguém (o que só por si dá muito trabalho), esperar nove meses, durante esses nove meses juntar dinheiro para comprar umas plantinhas e uns baldes de areia, por tudo à volta da televisão, fazer-me assinante da TV Cabo e esperar que comece um programa desse género no National Geographic!! E ainda dizem que o dinheiro não facilita... Pois não, nós é que andamos todos a facilitar e agora o homem vai para o Quénia.
Alguns até dirão, "pelo menos lá não chateia". Pois não, mas algum queniano pode dar alguma ideia triste. Lá a malta vive descalça, não há alcatrão nas estradas, etc e tal. Vai que o homem se habitua àquilo e acaba com a indústria do calçado?? Para que montras é que as nossas mulheres vão olhar enquanto estamos a ver futebol no café, porque o preço da TV Cabo subiu tanto (não dá para levar a inflacção de férias para o Quénia também?) que já não dá para ter Sport TV em casa? Bem, aí ele está feito, as miúdas matam-no!
Bom, a substituí-lo fica António Costa, que acabou de fazer umas férias com 499 amigos em Carcavelos.