Traz àgua no bico...

Bom, enquanto esperamos pelo texto do Selloy no blog, vamos enchendo estas páginas de coisas sem sentido e desprovidas de emoção e sgnificado prático.
Na verdade o texto do Selloy, o que aí vem, será o melhor texto de sempre, dado o tempo a que está a fermentar. Para dizer a verdade, quando vier não será um texto mas antes uma novela, uma epopeia, "Os lusíadas" dos tempos modernos! ;)

Bom, isso àparte, já repararam que nunca chove nos dias de casamento???? Podemos estar no meio do Inverno mais rigoroso, que chega àquele dia e o Sol aparece. Eu interpreto isto de uma forma muito simples. Há 2 santos que controlam o tempo: São Pedro, o gajo que escolhe se chove, se faz calor, se cai neve, se o arco-íris aparece, etc e tal; E Santo António, o casamenteiro!! Sempre que o gajo consegue fabricar uma união há sol, portanto, meus senhores, ele também é responsável. E se quisermos ir mais longe, podemos também apontar o dedo aos fabricantes de diamantes, ao designers de moda, às agências de viagem e aos fabricantes de carros de luxo, porque no fundo isto são tudo coisas que convencem as senhoras a casar. Depois disto tudo, podemos considerar o amor, e por consequência o desgraçado do cupido. Desgraçado porque os anos passam por ele e ele continua a passear-se por aí de fraldas e com uma setinha na mão. Cupido, snap out of it!
No fundo, está também identificado porque não somos a maior potência turística do mundo... Porque os casamentos ou são ao sábado, ou ao Domingo, deperdiçando 5/7 (homem de números) do potencial do bom tempo de Portugal.

Pois é, esta é a maneira de Deus dizer às pessoas que se vão casar : "Sim senhor, hoje está sol, é um belo começo, vão ser felizes para sempre"...
Mas na minha opinião e correndo o risco de discordar de Sua Divindade, epá... isto é burrice!! É um erro estratégico! Eleva as expectativas a um expoente máximo que depois os casais não conseguem manter!! "Ah, porque tá sol, a vida é uma alegria. Que começo maravilhoso, quem me dera que isto seja sempre assim"... e de repente vêm furacões (muitos com nome de mulher, recordo o Catrina, o Aurora, o Fabrícia... os exemplos são intermináveis) e lá se vai a vizinhança.
Mas agora vamos ver o filme ao contrário: Dia de casamento, cheio de chuva, o noivo voa por causa da ventania, o pai da noiva come o bolo de casamento sozinho, toda a gente se agarra porque tem frio, e os noivos pensam :
"Dasse, pior que esta merda não pode haver... tudo o que venha a seguir é bom!!" - e é assim que tem que ser!!!! O marido chega tarde a casa , mas a mulher pensa:
"Pelo menos tenho um cobertor electrico, e está mais quente que no dia do casamento"...
A noiva cozinha mal, mas o noivo pensa: "Epá, mas pelo menos não tá aqui o pai da noiva para comer isto tudo sozinho!! Não passo fome como no dia da merda do casamento!".
O dia fica conhecido, como o "Dia da merda do casamento", as expectativas estão aonde devem estar, cada um está devidamente informado do tipo de casamento que vai ter (remeto-vos novamente para o nome do dia do casamento... tem lá apalavra "merda" para quem não percebeu), e os conflitos autogerem-se a partir daí!!!
O casamento não é umas férias nos trópicos, é uma queda de avião em pleno Pólo Norte meus amigos!!!!
Se São Pedro vier com balelas, desculpem, mas traz água no bico!!! E guarda-a lá até depois de cada um dizer "Sim, aceito", e a partir dái o gajo abre o bico qual pelicano e começa a precipitação, que no fumdo é o que o casamento é, 95% das vezes! Precipitação! E cada vez anda menos gente de chapéu de chuva!