Pois e senhores!!! 2008 vem aí! Francamente, não estou ansioso. 2007 estava a correr bem! Eu estava a gostar de 2007!!
Eu conheço um ditado: "Se não está estragado, não consertes!!". Pois bem, 2007 foi o ano! E se 2007 foi o ano, quem é que se lembrou de chamar 2008? Mas o que é que 2008 vem trazer de novo? E se traz coisas novas, serão igualmente boas???
Eu quero esconder-me de 2008. Não vem para cá fazer nada!! Comecei 2007 a falar esloveno na catalunha , na companhia de portugueses! Correu bem. Isto só prova uma velha máxima: "Não interessa como é que começa, o importante é como acaba!!".
2008 estou a começá-lo em Alfragide, na companhia de um gajo chamado Marco Paulo, a ouvir os carregamentos de droga a chegar à Cova da Moura... Adivinha-se um grande ano!
Para todos vós: UM GRANDE ANO!!!!!!!!!!
Monday, December 31, 2007
2008!!!
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Sunday, December 30, 2007
"Tens segredos? Quanto é?"
Um segredo é como uma droga...
Eu não sei porque é que as pessoas me confiam segredos. Não preciso de saber os segredos de ninguém.
"Posso-te contar uma coisa? É segredo..."... Para mim, isto é das piores coisas que se me pode fazer. Se alguém sabe um segredo, a meu ver tem duas opções:
1- Ou quer que se mantenha segredo
2- Ou quer que se saiba
Posso ser só eu, e a minha mania de racionalizar as coisas, mas quando contamos um segredo, acho que nos aproximamos muitos mais da segunda opção do que da primeira, não vos parece?
Quanto a mim, quando alguém me conta um segredo, é porque não tem assim tanta vontade de o manter! E o que mais chateia no meio disto tudo, é que os segredos por norma são bons... Dão-nos vontade de contar! Aliás, é por isso que os sabemos... porque alguém não resistiu à vontade de nos contar anteriormente. A malta que conta segredos, mais não é do que malta castradora que nos quer ver em agonia. De posse de informação preciosa e desconhecida, mas sem hipótese de partilhar com quem quer que seja.
Só há uma forma de lidar com segredos:
"É isso?? Já sei disso há que séculos!!". Isto tem dois efeitos. O primeiro dos quais é que quem conta o segredo fica como uma criança a quem tiraram um brinquedo. A segunda é que se por acaso não resistirmos a contar o segredo, nunca ninguém vai saber que fomos nós que contámos!
É claro que corremos o risco de ser interpelados com a seguinte pergunta:
-"Quem te contou?"... Mas aí a resposta é óbvia, e até tem certos requintes de malvadez:
-"Epá, desculpa, mas isso sim é segredo. Não te posso contar".
Feitiço contra o feiticeiro!! Aliás, se pensarmos bem, quando alguém nos conta uma coisa que é segredo, não nos está a dizer que não podemos contar. Está na realidade a pedir que se tivermos que contar a alguém, não digamos quem nos contou!!! É uma espécie de Plano de Protecção de Testemunhas. O chamado "Uma mão lava a outra":
"Tu ficas de posse de informação confidencial, eu desabafo, eu mantenho a minha imagem de túmulo que me vai permitir saber mais segredos para te contar depois!!!".
É um circulo vicioso! Por isso digo que o segredo é uma droga mais poderosa que todas essas que por aí circulam!! Daqui a uns anos vai ser traficado nas casas de banho das discotecas, e vai ter dealers e malta a pagar para os ter... Aliás, o que é que estou para aqui a dizer a dizer?!?!?! Isto já acontece!! O segredo é realmente uma droga!
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Sunday, December 23, 2007
ENI de Esquina
EStava eu tranquilamente a subir a rua da Madalena, quando de repente numa esquina vejo uma senhora...
Pelo menos pareceu-me uma senhora, mas não tinha bem a certeza. Era pequenina, muito pequenina, tipo pigmeu, até na aparência física. Pois bem, de repente apercebi-me que era uma ENI - Empresária em Nome Individual com sede fiscal numa qualquer esquina (vulgo, prostituta).
Fiquei num corropio de emoções. Perante o aspecto da ENI de Esquina, achava inconcebível que tivesse clientes. Quem seria a alma que solicitaria prestações de serviços a tal ENIE? E como qualquer empresa que não tenha clientes, como será o processo de abertura de falência de uma ENI de Esquina? Vivemos numa sociedade burocrática, porventura existirão formulários, papeis, carimbos, senhoras mal dispostas a recebê-los.
Enfim, o importante é que naquele momento justificava-se por completo um processo de abertura de falência. Porque existe uma velha máxima que nos diz que "Há coisas que nem os olhos comem".
Estacionei o carro, e dirigi-me ao meu destino que me obrigava a passar naquela esquina. E eis que senão, quando lá passo... Não havia ENI de Esquina!!!!
Havia 2 hipóteses: Ou se cansou, ou arranjou cliente. Não acredito que se cansasse. Uma senhora com tal actividade, por norma tem resistência física. Não se cansa facilmente... Não restavam dúvidas na minha mente de que o pior havia acontecido. Tinha aparecido um CE : Um Consumidor de Equívocos! Já todos o fomos a dada altura...
Ora, segunda parte do problema. Uma ENIE de 1,20 metros, está a servir menos ao seu consumidor - certo? Bem sei que as mulheres não se medem aos palmos, mas sejamos razoáveis. Há limites! A razão pela qual as mulheres não se medem aos palmos é porque têm outras qualidades mensuráveis, e não porque é impossível medi-las aos palmos, porque um único palmo chega perfeitamente para a medir. E este era o caso. Logo isto tinha que ser mais barato! Pensei logo que esta actividade devia estar tabelada... Isto é matéria para a DECO e para a ASAE. Elas têm que intervir na regulamentação da Actividade de Esquina.
Talvez por ser mais barato, possa ter aparecido um cliente, as isso só prova outra velha máxima:
O Barato sai caro.
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Thursday, December 13, 2007
A República!
Enfim, embarquei numa aventura. Quando saí de casa, fui ao quarto da minha mãe e olhei para ela com ternura. Sabia que ia encarar um grande perigo, e que poderia nunca mais voltar.
Pois é, sabia que ia ter que atravessar a Avenida da República!! Estive a semana toda a treinar-me para isso. Corri, fiz abdominais, flexões, treinei a potência... tudo a pensar neste dia.
Enfim, estou na dita avenida do lado oposto ao Campo Pequeno. Olhei para o dito recinto, benzi-me, e lá fui eu em direcção ao mesmo sem hesitar, como uma flecha!! Sabia que não tinha tempo a perder.
Meus amigos, os semáforos nesta rua mudam num piscar de olhos!!!! É incrível como numa avenida com 50 metros de largura, temos 5 segundos para atravessar a estrada!! Verde.... vermelho, aí vêm os carros!! E é aqui que começa a aventura. Sinto-me como se estivesse num daqueles jogos de computadores de plataformas, em que temos que andar para a frente e para trás a evitar obstáculos. A principal diferença, é que só tenho uma vida. Este talvez seja um bom jogo para gatos, mas eu de gato não tenho nada, muito menos as nove vidas... às vezes mio, mas é só por descontrolo emocional... Sabia que se fosse impulsionado por algum veículo em movimento, dificilmente aterraria em pé. Ainda por cima aquilo é uma zona chique!! Só passam lá bombas a alta velocidade de malta de escritórios com pressa para ir a reuniões, digo eu.
Sei apenas muito bem, que só alguém com uma boa preparação física consegue atravessar esta Avenida à primeira. Se o Francis Obikwelu treinar ali para os olímpicos, de certeza que não volta sem uma medalhinha! É o pára-arranca mais importante da nossa vida! Ainda se fosse a ritmo constante, era uma coisa... agora assim. Acelera, desacelera, desvia de carro, volta atrás. Trabalhamos tudo! Músculos e cérebro! Vamos pôr as coisas assim: O Arnold safava-se à justa, o Devito só saía dali à boleia do INEM.
Enfim, safei-me! Ia sendo atropelado por um táxi, mas num assomo de inteligência estiquei a mão e disse: "TÁXI!!"... Olhei para o gajo do leste que ia lá dentro e disse-lhe: "Dassvidania palerma", e atravessei o que restava a correr. Só com este instinto de sobrevivência se escapa ao encontro com o INEM nesta rua.
Depois de ter tentado atravessar esta avenida, compreendo as dificuldades da monarquia de há uns anos. É complicado resistir à República!
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Sunday, December 09, 2007
E ao sétimo dia, Ele descansou... Mas só porque era Domingo!
O Domingo para mim, é o dia que não existe. Nunca se passa nada ao Domingo... é aquele dia em que ficamos à espera do amanhã. Aliás, aqula expressão "Estás a olhar para o amanhã...", foi inventada ao Domingo. De igual modo a expressão "Estás a olhar para ontem", foi inventada ao Domingo também. Porque não interessa se estamos a olhar para Segunda Feira, ou se contemplamos o que foi o nosso Sábado. O que interessa mesmo é não querer estar no Domingo.
Deus que é Deus, andava todo contentinho da vida a criar dias para a semana, quando chegou ao Domingo e disse: "Epá... hoje não se passa nada... Vou-me refastelar no sofá celestial que inventei ontem". Isto agora pode parecer giro, mas pensem só que se ele não se tem lembrado de descansar e se tem seguido o plano original (ao qual tive acesso para poder escrever isto), hoje tínhamos fins de semana de três dias e o Domingo teria realmente algum sentido.
Não me digam que nunca acharam estranho, que a semana começasse à Segunda-Feira... Onde é que anda a Primeira-Feira? Ah, pois é... Ás vezes o óbvio coça-nos o nariz e nós não damos por ele e até achamos que a comichão é algo de natural.
Hoje levantei-me cedinho para ir jogar à bola, e pareceu-me anti-natural... pareceu-me que ouvia Deus a sussurrar-me: "Vantunes... até eu descansei ao Domingo rapaz! Quem és tu para alterares os desígnios do criador? Algum Padre?"... Porque curiosamente, só os Padres é que trabalham ao Domingo. O resto do mundo uniu-se em torno desta regra divina. Ao Domingo... nem Deus faz milagres!! Logo não percebo porque é que há pessoas que vão rezar neste dia. A não ser que esteja tudo armado em garganeiro e desate a pedir milagres para o resto dos dias da semana. Depois o Homem lá de cima fica sobrecarregado e não consegue dar vazão, e é assim que surgem as heresias: "Deus não existe!! Pedi-lhe um mero milagrezinho no Domingo para Quinta-feira, hoje é sexta e ainda não vi nicles...".
Domingo, Domingo... Preferia mil vezes ter 48 horas de Sábado!
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Wednesday, December 05, 2007
Quem traz as prendas?
Desde puto, que sempre tive o Natal como uma festa do capitalismo... não é que eu seja contra o capitalismo, nem a favor... para dizer a verdade não tenho sentimentos fortes com relação ao mesmo. Mas via toda a gente falar de amor ao próximo, união, dum pai Natal...
E foi mesmo aqui que o Natal se auto-desmascarou. Sempre fui uma criancinha com uma vontade enorme de pensar, e quando cheguei à rua e tinha os meus amigos a jurarem-me a pés juntos que o Pai Natal que lá tinha ido a casa era preto... Epá, para mim, havia qualquer coisa nesta história que não estava bem!!! Então o que foi lá a casa era branco, e agora estes manos estão a dizer-me que o "sócio das barbas que foi lá ao cubículo era black sim...".
Estranho! Algum tinha que ser impostor. Confrontei os de lá de casa, e eles assumiram e pediram-me que não contasse nada aos meus irmãos em troca de uma boa prenda de aniversário (é tão bom fazer anos em Janeiro...).
O Natal, tal como eu o conhecia, morreu ali. De qualquer das formas, preparou-me para as discussões com os meus colegas da Damaia, quando me diziam que Jesus Cristo era preto. Eu simplesmente respondia-lhes:
"Mano, esse era o teu pai disfarçado... Não me digas que ainda acreditas no Pai Natal?".
O Pai Natal é o gajo mais explorado da história! E estamos a falar de um gajo com idade para ser meu avô! E mais, há 50 anos atrás, ele já tinha idade para ser avô do meu avô!! O Pai Natal certamente já teve filhos natal e parece-me óbvio que são eles que estão a perpetuar o negócio da família. Se bem que a julgar pelos anos mais recentes, as encomendas devem andar todas trocadas! Não me lembro de andar a pedir meias há 5 anos consecutivos! É o problema do corporativismo, as gerações mais recentes não mantêm o espírito.
Mas isto foi um áparte, porque hoje tive a maior prova de como o Pai Natal é explorado. Recebei um SMS a incitar-me a responder à seguinte questão:
- "Vamos!! Responde!!! Quem traz os presentes? 1- Pai Natal; 2- Aladino"...
Isto é triste!!!! O Pai Natal anda a falhar tanto nas encomendas, que as pessoas colocam a hipótese das prendas virem por tapete voador e perderem-se a meio caminho, quando há uma curvazinha qualquer no ar!!! Quando se chega ao ponto de termos que perguntar se quem traz as prendas é o Pai Natal ou o Aladino... algo vai mal com a instituição Natal!!!
Pensem nisto! Façam-me a vontade! Se porventura fosse o Aladino a trazer as prendas... então que raio faria o Pai Natal??? O que é que justificava o seu segundo nome? Tinha que passar a ser só o pai... e pai só deve haver um, senão é promiscuidade!! É o mesmo que:
"Quem é que dá os ovos da páscoa? 1- O coelhinho da páscoa; 2- O cão de Baskerville"... Quando dermos por nós temos Coelhos que ladram e não mordem, etc, etc... As possibilidades são infindáveis! E perguntam vocês: "Coelho que ladra?"... epá, mas se temos o Aladino a entregar prendas de Natal, porque raio é que os coelhinhos não hão-de ser poliglotas?
O Natal... Pois tá claro.
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Saturday, December 01, 2007
A terceira opção...
Sinto-me mal... Parece que engoli um forno. Isto para mim é sintoma de febre. Desde sempre que tive uma atitude passiva perante a febre, ou seja, limitei-me a tê-la. Sempre que ela me bate à porte acolho-a e deixo-a ficar até à altura da mesma decidir que tem que ir embora. Mas desta vez não... quis saber o que era a febre, quis estudá-la e saber como combatê-la.
Primeiro passo: Wikipedia!!! Dizem que aquilo dá explicações simples sobre as coisas...
"A Febre ou pirexia, é uma reação orgânica de multiplas aplicações contra um mal comum, interpretada pelo meio médico como um simples sintoma, a reação descrita como um aumento na temperatura corporal nos seres humanos para níveis até 37,5 graus (Celsius) chama-se estado febril, ao passar dessa temperatura já pode ser caracterizado como Febre e é um mecanismo adaptativo próprio dos seres vivos. A febre é uma reação do corpo contra patógenos; a sensação ruim que sente a pessoa febril faz com que ela poupe energia e descanse, funcionando também através do maior trabalho realizado pelos linfócitos e macrófagos. Apesar da maior parte das febres ser causada por infecções, nem sempre febre é indicador de infecção. Mede-se tradicionalmente a temperatura corporal através da boca, da axila ou do ânus utilizando um termômetro, que pode ser eletrônico ou não."
Pergunta que se impõe é: O que são patógenos, e quem é que eles pensam que são para me provocarem pirexias e incomodarem os meus linfócitos e macrófagos???
Outra pergunta gira é: Porque raio é que eu sou titular de linfócitos e macrófagos?
Mais, segundo esta explicação, a febre/pirexia, mais não é que uma forma do corpo nos obrigar a descansar e poupar energias... Mas quer-me cá parecer que há formas mais simpáticas de nos alertar para esta realidade.
Mas muito mais do que tudo isso: Se eu já sei que posso tirar a minha temperatura colocando o termómetro na boca ou na axila... para que raio preciso eu da terceira opção? A única explicação lógica para ainda me darem uma terceira opção seria a de eu não conseguir abrir nem a boca nem os braços, certo? Não preciso da terceira opção para nada, mas mesmo que precisasse acho que é um pouco indiferente saber se o termómetro é electrónico ou não. Ele vai estar lá... na terceira opção... Não interessa se é electrónico! Por mim até podia ter luzinhas e cantar, mas na terceira opção é que nunca estaria.
Moral da história? Bem sei que não há duas sem três... mas muitas vezes duas opções são mais do que suficientes.
Posted by Vantunes at Saturday, December 01, 2007 1 comments