Monday, September 05, 2005

Atracção pelo demonio

Esta semana, tive uma sensação diferente, mas que muito me agradou.

Pois é, normalmente temos aquela ideia preconcebida de que as pessoas gostam é de tipos simpáticos, engraçados, que nos respeitam, etc e tal.
Normalmente dou o meu melhor por ser assim (o que não é dificil, dada a minha formação como pessoa).
É habitual encontrar-me a mim próprio a sorrir simpaticamente perante uma piada sem graça, a falar com as pessoas com um sorriso nos lábios, cada pedido é acompanhado de um se faz favor, e após isso normalmente vem o obrigado, e mais coisas dessas.

Este fim de semana decidi brincar ao filho da mãe. Os resultados são espantosos: O ser humano, adora um bom filho da mãe que tem profissão de cariz sexual. As pessoas olhavam para mim, diziam-me que não gostavam da minha atitude, mas eu sentia nelas um certo prazer em estar ali à minha volta!! Não havia maneira de se irem embora. E cada vez que diziam que estava a ser inconveniente faziam-no com um sorrisinho a aparecer no cantinho dos lábios!!
Estou mesmo tentado a andar por aí disfarçado de diabo (sem os cornos na cabeça, porque tudo tem um limite).

Já pensaram que o filho da mãe pode tirar as medidas às miúdas e não ser recriminado por isso!! E por vezes até há quem venha perguntar a opinião e no fim agradeça os elogios!!! Ou seja, é na prática um consultor de imagem moderno, o que fica óptimo num cartão pessoal.

Francamente, estou tentado a dizer: No more Mr nice guy. O filho da mãe é admirado, e as pessoas actuam mesmo em função do filho da mãe que está perante elas. O filho da mãe faz com que as pessoas esqueçam o pai, o espírito santo e essa malta toda.

Ou seja, temos um mundo esquisito em que a arrogância, a mania da superioridade, o desrespeito é na verdade apreciado. O que, aliás, explica porque é que o Ghandi é considerado por muitos como um tótó que tem a mania da paz (um fracote) ao passo que o Bin Ladden é um homem muito inteligente e meticuloso - por exemplo.
Até mesmo no caso de pessoas que não são celebridades, num grupo de amigas, o mais simpático/a é sempre o mais feiinho/a. Os que têm bom aspecto são sempre os que têm atitudes de vedeta. E as pessoas gostam mais deste último grupo.
A maioria das relações acabam assim: "Não me lves a mal... até és simpática, querida e engraçada"... Há algo que não bate certo, diria eu na minha humilde opinião.

1 comments:

Anonymous said...

vou partir do principio que nao estavas de fcto muito inspirado!
obvio que nao concordo com a tu teoria, ate pq de feio nao tens nada e consegues facilmente movimentar uma multidao!
beijo