Sunday, November 11, 2007

O poder da música

Acabaram oficiosamente as minhas saborosas mini-férias. Agora só em Fevereiro é que voltamos a falar...
E ontem constatei uma coisa interessante: Já repararam como muita gente fica constrangida nas discos quando toca o Y.M.C.A.? Aliás, há dois sons que colocam questões a quem os ouve, e que a generalidade das pessoas não está preparada para responder:
1- Y.M.C.A
2- It´s Raining Men

Eu acho que forma como abordamos estas músicas, dizem um pouco de nós. Normalmente as pessoas adoptam uma das seguintes duas posturas:
1- Ou dançam efusivamente, como se não houvesse amanhã
2- Páram completamente de dançar, olham para o ar, comentam para o lado "Que som mais gay"...

E a verdade é que tanto uma postura como a outra indiciam coisas. É estranho para mim ver um gajo aos pulos, a fazer a coreografia do YMCA, a gritar que estão a chover homens, e a acabar com um sonoro "Aleluia" em sinal de apreciação de tal precipitação... Não vou mentir a ninguém, o gajo que faz isto assim tão naturalmente... é roto! Não vou estar com meias palavras. É roto e gosta. O que é estranho. E sem desrespeito para com os rotos... é aceitável ser-se roto, assim como o é não o ser. A esta postura chama-se "sair do armário", digo eu.
Por outro lado, ver um tipo a parar de dançar, olhar para o lado, encolher os ombros, dizer que não gosta e depois nós olharmos para baixo e vermos os pézinhos dele a mexer... Hum... Estamos a querer esconder qualquer coisa, não? Estamos a falar da evidente personificação de Conflitos Internos. Será alguém que não quer aceitar muito bem o que sente, não? A esta postura, chamar-se-á então "Entrar no armário".

Ontem os dois sons passaram seguidos, e foi um corropio. Uns entravam no armário, outros saíam do armário (normal, dirão vocês, não podiam caber lá todos)... Mas o que era inegável, é que eles estavam lá.
A Música tem um poder extraordinário, não tem?

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