How do I look?

Alguma vez amaram alguém feio, de quem gostaram, mas que por algum motivo agora já não é um "factor"?
Eu sei que, quem o feio ama, bonito lhe parece... Mas há pessoas que exageram.
Há quem diga que o amor é cego... Outras dizem que o amor não tem sentido... Eu diria, que a julgar por aglumas coisas que vejo, para além de cego, o amor não tem sentidos.

Estou a falar de um daqueles casos em que nos apresentam uma namorada e a cortesia não consegue ser mais forte que a nossa boca, e por isso começamos a elogiar a personalidade de uma pessoa que não conhecemos de lado nenhum:
"Parece ser boa pessoa" - que na verdade, apenas quer dizer que esperamos que seja boa pessoa, porque caso contrário não conseguimos entender o que se passa.

Eu apelo à sinceridade das pessoas. Eu, por exemplo diria: "Epá, eu sou um gajo feio. Percebo de gente feia. Convivo comigo há alguns anos. Sei com o que se parece uma pessoas feia, como se movimenta, como opera... Estou em condições de avançar que a tua miúda deve à beleza. E não é pouco... Arranjem um advogado à beleza, porque não estou a ver maneira disto se resolver sem irem a tribunal". Isto é mais limpo, do que estarmos para ali a dizer que é simpática, boa pessoa, inteligente, culta... Porque corremos o risco de estar a dizer coisas que facilmente podem ser desmentidas, caso não correspondam à realidade e anos depois temos ue dizer:
"Epá, só disse isso porque não queria que soubesses que a miúda era hedionda".
Já para não dizer que as pessoas colocam-nos etiquetas. Uma vez vistos com pessoas feias, somo conotados como alguém que só curte malta feia. Só malta feia é que se vai aproximar de nós. As belezas vão dizer: "Não tenho perfil para ele... tenho que ser atropelada primeiro. Ele gosta delas tortas".
É como passar a vida a trabalhar como pedreiro e depois concorrer para uma vaga de jardineiro. Quem ler o anúncio diz: "As minhas flores tratadas como pedras?? Nãããããããoooooo. Este senhor não tem perfil".

E mesmo que depois se arranje uma pessoa bem parecida, ela pode descobrir o nosso passado e dizer: "Como é que ele pode gostar disto, e agora gostar de mim... Serei eu assim?"....

O amor é cego... e quem o feio ama, bonito lhe parece... Mas vamos com calma!

Saúdinha!!!

Hoje estive a ver curriculos. Sensação estranha para mim, que por norma estou a enviá-los. Considero-me por isso um especialista em currículos!!!

Não, não quero contratar ninguém, nem sou empresário em nome individual, nem trabalho no departamento de recursos humanos de nenhuma empresa. Simplesmente quis conhecer as pessoas com quem trabalho um pouco melhor. Muito provavelmente, alguns de vocês que estão a ler isto foram objecto da minha leitura, mas não se preocupem que não vou revelar pormenores - Nem podia, nem queria (quer dizer, nalguns casos até queria).

Mas no entanto, existe uma pergunta que tem que ser feita: Porque é que, quando estamos a compilar um curriculo (alguns dos curriculos que li, eram compilações, que não haja enganos com relação a isso), e nos pedem referências... porque motivo é que damos os nossos médicos?
Mais do que um, e cada um com a sua especialidade. Quando escrevemos um currículo, queremos no fundo, um emprego, ou queremos atestar que estamos de boa saúde??? Queremos trabalhar, ou queremos entrar numa farmácia e ter legitimidade para que nos aviem todas as receitas que quisermos?
"Hum, não sei se o senhor está pronto para fazer este trabalho, mas quero desde já congratulá-lo pela sua excelente saúde".

Que se lixem os empregos: Saúdinha é que é preciso!!!

Rio

O Rio pode ser considerado uma perdição. Não, não me refiro ao Rio de Janeiro, mas antes ao Rio Trancão.

Acho engraçado que todos os dias, ouço as notícias e ouço falar de acidentes junto à margem do Rio Trancão...
Bom, ouço falar deste rio desde miúdo, mas francamente não sei onde fica. Sempre imaginei o Rio Trancão como o local aonde habita o irmão do Monstro do Lago Ness. Para mim é uma história inventada. Pergunto às pessoas aonde fica, e a única coisa que me dizem é que cheira muito mal. Não me chega. Com esta descrição, pode ser qualquer autocarro da carris em hora de ponta.
As pessoas não sabes aonde fica este rio. Só sabem que vão lá quando querem ter acidentes ou quando lhes apetece soltar uns gases sem ninguém reparar.

"Apaga a luz..."

Hoje quero que me ajudem a perceber uma coisa:
Eu não percebo porque é que quando as pessoas estão num momento íntimo, se decidem a apagar a luz. Para mim, isso quer dizer uma coisa:

- Alguém não quer ver o que está a fazer...

O que não deixa de causar esranheza. Uma vez, pediram-me para apagar a luz e eu não resisti a entrar numa discussão filosófica (até porque a filosofia é como o Natal... quando um homem quer). , e perguntei porquê:
- "Epá, a pergunta provavelmente não é oportuna... mas apagar porquê?"...
- "Ah, para estar mais à vontade"

Portanto, momento íntimo, pessoas sem roupa e tal e há alguém que quer estar mais à vontade... Bom, para mim isto revela desde logo que esta é daquelas mulheres que vai falar mal de nós a seguir ao acto! É certamente uma mulher exigente para além dos limites do razoável. Está ali, desnudada, toques aqui e ali... mas ainda assim gostaria de estar mais confortável!
"É um pouco tarde demais para decidires que não estás suficientemente confortável, não dirias?!?!"...

A segunda interpretação, é a de que poderá ter qualquer coisa a esconder. E a conclusão relativa a isso, é a de que terá escolhido uma péssima situação para se lembrar de esconder o que quer que seja. No mínimo é preciso recordá-la/o de que não tem bolsos e que isso quer dizer alguma coisa.

Outro argumento, é que muitas vezes se fazem asneiras porque as pessoas não vêem o que estão a fazer... E há certas situações em que fazer asneiras, poderá ser a morte do artista, certo?

Capital Europeia da Larica

"Óbidos - Óbidos é uma vila portuguesa no distrito de Leiria, região Centro e subregião do Oeste fazendo parte da Região de Turismo do Oeste, com cerca de 3 100 habitantes"...

- In Wikipédia -

Bom, e este fim de semana por lá passei. Conheço muito pouco de Óbidos. Já tinha ouvido falar, mas não sabia qual era o interesse fundamental da coisa. Cheguei lá, vi ginginha a rodos e um castelo. Por momentos pensei que estava na freguesia do Castelo, mas não. Estava em Óbidos. Tinha que haver alguma coisa que distinguisse Óbidos da freguesia do Castelo de São Jorge.
Olho então com mais atenção, e vejo mais ginginha, mais castelo e... muita gente magrinha. Era tudo magro! Um típico habitante de óbidos, é para mim um gajo vestido com uma armadura, que anda a cavalo, bebe ginja, é monarca assumido e é magrinho. Para mim, a partir de hoje é assim.
Mas faltava-me perceber porquê.

Chego a óbidos (a letra pequena não é um acaso da distracção), às 17 horas. Estava com um grupo de amigos a passar o fim de semana. Logo, a noite anterior havia sido puxada. A primeira missão do dia era comer qualquer coisinha (isto depois de um jogging matinal compulsivo, que mais não é que um eufemismo para obrigatório ou mandatado...). Normal. Seis pessoas cheias de fome aterraram em óbidos. Cheios de tempo, pelo que não nos precipitámos a fazer escolhas. A coisa tinha que ser pensada. Dirigimos-nos ao posto de turismo e colocámos uma questão simples: "Aonde é que se come bem aqui?"...
A reacção foi semelhante a um: "Só falo na presença do meu advogado!!!". Não percebemos o porquê de tanta inquietude e na altura nem achei muito estranho. Pensei que estava a falar com alguém que não gostasse de sugerir.
- "Como sempre em casa"...

E como estas palavras vieram a fazer sentido mais tarde. Bom, lá conseguimos uma lista, sobre palavra de honra que não diziamos a ninguém quem nos tinha dado tal lista. Com uma atitude semelhante a: "Esta lista vai-se autodestruir em 5 segundos".

Bom, seguimos pela muralha a dentro e paramos num restaurante.
- "A cozinha tá fechada"...
Hum... Sábado às 17?!?!?!

Ainda mais um restaurante:
-"Quantos são? Tb não vale a pena que só temos mesa para dois"...

Mais um:
- "Só temos um presuntinho, e queijo"...

Seguinte:
- "Temos amendoins"

Ora mais um...
- "Temos mesa daqui a 40 minutos"

Foi estranho, ms neste momento eu já não tinha dúvidas. Após 5 horas a tentar, a verdade é que continuava num local rodeado de gente magra, a tentar fazer alguma coisa para a qual o turismo local não estava preparado: Comer!!!

De que me serve ter um castelo, ter ginginha, ter animação... se não tenho como subsistir? Aliás, não percebo para que se trabalha em Óbidos... para ter o que comer, não é de certeza.
Óbidos para mim é a Etiópia de Portugal!!! Desafio qualquer frango a ir lá dar um passeio e a voltar vivo. Um Frango em óbidos tem que estar preparado para dar a outra face, porque aquela que ele tem vai ser comida antes dele ter tempo para cantar de galo.
A expressão, "os olhos também comem" ganha uma nova expressão em Óbidos. Porque na verdade, em Óbidos, só os olhos é que comem, porque quem for com ideias de trincar alguma coisinha, tem que recorrer ao canibalismo.
Os folhetos de turismo de Óbidos dizem: "Vá para fora cá dentro, sim senhor... mas traga mantimentos senão tá lixado".
5 horas a tentar comer parece-me surreal... Não admira que a outra comesse sempre em casa. Só eu sei, porque só como em casa...

Eis Óbidos... A capital Europeia da Larica.

Ganda tourada...

Eu não gosto de tourada. Sou daqueles que dizem ser contra e bato o pé nesse sentido. Estou longe, contudo, de ser um activista dos direitos dos animais. Não gosto de tourada porque é ridiculo!! Tudo numa tourada é ridiculo.

Ponto número 1: Quem é que se veste assim?!?!?!? Quem foi a pessoas que instituiu que para se enfrentar um touro, temos que estar com calcinhas de licra, com três cores e um casaquinho com folhos???? É claro que o touro fica chateado!!! Até eu ficava. O Touro deve-se sentir como eu me sentiria se passasse por um grupo de travestis e eles me começassem a mandar piropos e a provocar-me: "Anda cá, vá... medricas!! Eh homem!! Eh!! Eh homem!!!".

Depois, há aquela parte da pega... Estão 40 gajos a incitar o touro, quando ele vem, um agarra-o pela cabeça e depois vem um gajo que deve ter a pior missão do mundo: Ser Agarra-Cus...
Alguém me explica a utilidade do gajo, que vai por trás, quando todos estão a agarrar a cabeça do touro, lhe agarra a cauda e começa a deitar-lhe areia para o rabo como se aquilo fosse criptonite e o touro fosse o super homem???

Imaginem o filho desta criatura na escola:
- "O meu pai é polícia"
-"O meu é bombeiro"
- "O meu faz touradas"
-"A sério?? Muito fixe... é bom haver alguém que pegue o touro pelos cornos..."
- "Bem, na verdade... ele pega-lhe pelo rabinho"

Acho que perde o encanto. O Agarra-Cus deve ser aquele gajo que ninguém curte, porque pensa que tem sempre soluções diferentes de todos os outros... Como quando estamos numa viagem de carro, e toda a gente sabe o caminho, mas há um gajo que diz que conhece um atalho...
Quer dizer, estão todos a pegar na carola do touro, e vem um espertinho que acha que por trás é que é o caminho. "Malta, conheço um atalho!!".

É degradante...