Wednesday, September 21, 2005

Regresso

O blog regressa... Os fãs andavam desesperados porque não tinham acesso a baboseiras gratuitas, a não ser que lessem as entrevistas do Mário Soares.
Ora, como ninguém é obrigado a isso, a não ser que trabalhe num lar de terceira idade, decidi voltar à actividade.

E hoje li que anda para aí um furacão chamado Rita, que anda a provocar inúmeros estragos e que mais uma vez se dirige para os Estados Unidos (num pequeno àparte, os àrabes já reivindicaram o furacão, e a carta de reivindicação terminava dizendo que a vingança serve-se fria...). O outro chamava-se Katrina e não posso deixar de reparar num padrão... Tudo, mas absolutamente tudo o que é catástrofe tem nome de mulher!!! A versão portuguesa chama-se Fátima Felgueiras, e dizem as más línguas que a qualquer momento também se vai dirigir para os Estados Unidos - E os àrabes vão reivindicar isso também : "Fomos nós que a mandámos para lá!! Os americanos vão aprender a não se meter connosco! Os Donuts?? Tb fomos nós, hão-de engordar até à morte. Ninguém brinca com Alá".

Mas é uma postura altamente tendenciosa. Principalmente quando facilmente observamos que as escalas que medem estas catástrofes, têm sempre nomes masculinos. E sendo assim voltamos à velha história: Os homens a tirarem medidas às senhoras, o que é deselegante. Até porque as senhoras querem-se com medida... Aliás com conta, peso (q.b.) e medida.

Para finalizar, vem cá o artista brasileiro Seu Jorge... Não, não é uma questão de posse. É mesmo a mania de adulterar todas as palavras do dicionário português, por mais simples que elas sejam. Isto leva-me a colocar uma questão: Qual será o nome feminino para o caos em que os brasileiros transformam a nossa (nossa e deles) língua?

Monday, September 05, 2005

Atracção pelo demonio

Esta semana, tive uma sensação diferente, mas que muito me agradou.

Pois é, normalmente temos aquela ideia preconcebida de que as pessoas gostam é de tipos simpáticos, engraçados, que nos respeitam, etc e tal.
Normalmente dou o meu melhor por ser assim (o que não é dificil, dada a minha formação como pessoa).
É habitual encontrar-me a mim próprio a sorrir simpaticamente perante uma piada sem graça, a falar com as pessoas com um sorriso nos lábios, cada pedido é acompanhado de um se faz favor, e após isso normalmente vem o obrigado, e mais coisas dessas.

Este fim de semana decidi brincar ao filho da mãe. Os resultados são espantosos: O ser humano, adora um bom filho da mãe que tem profissão de cariz sexual. As pessoas olhavam para mim, diziam-me que não gostavam da minha atitude, mas eu sentia nelas um certo prazer em estar ali à minha volta!! Não havia maneira de se irem embora. E cada vez que diziam que estava a ser inconveniente faziam-no com um sorrisinho a aparecer no cantinho dos lábios!!
Estou mesmo tentado a andar por aí disfarçado de diabo (sem os cornos na cabeça, porque tudo tem um limite).

Já pensaram que o filho da mãe pode tirar as medidas às miúdas e não ser recriminado por isso!! E por vezes até há quem venha perguntar a opinião e no fim agradeça os elogios!!! Ou seja, é na prática um consultor de imagem moderno, o que fica óptimo num cartão pessoal.

Francamente, estou tentado a dizer: No more Mr nice guy. O filho da mãe é admirado, e as pessoas actuam mesmo em função do filho da mãe que está perante elas. O filho da mãe faz com que as pessoas esqueçam o pai, o espírito santo e essa malta toda.

Ou seja, temos um mundo esquisito em que a arrogância, a mania da superioridade, o desrespeito é na verdade apreciado. O que, aliás, explica porque é que o Ghandi é considerado por muitos como um tótó que tem a mania da paz (um fracote) ao passo que o Bin Ladden é um homem muito inteligente e meticuloso - por exemplo.
Até mesmo no caso de pessoas que não são celebridades, num grupo de amigas, o mais simpático/a é sempre o mais feiinho/a. Os que têm bom aspecto são sempre os que têm atitudes de vedeta. E as pessoas gostam mais deste último grupo.
A maioria das relações acabam assim: "Não me lves a mal... até és simpática, querida e engraçada"... Há algo que não bate certo, diria eu na minha humilde opinião.

Friday, September 02, 2005

Só falta o Ás...

Falar com informáticos é como jogar às cartas.
Porque é que chego a esta conclusão?

Aqui há tempos escrevi uma coisa sobre informáticos. Que não resolviam nada, que só sabiam ligar e desligar o PC, etc e tal.

Esta semana voltei a ter um probleminha e liguei para um informático. Qdo já me preparava para desligar e ligar a máquina, eis que sou surpreendido com um empreendedor: "Qual a sua localização? Vou já aí resolver a questão". Fiquei espantado, pois não era preciso andar tanto para desligar o PC. Entretanto o rapaz chegou, sentou-se, digitou daqueles códigos que os tipos digitam e disse: "Resolvido!! Já tem PC novamente!!". E eu, espantado, agradeci. Até comentei com um colega como por vezes o ser humano é injusto...

Sento-me ao PC, e qual não é o meu espanto: Não tinha nenhum programa instalado!!!!!!!! Ora, no sítio aonde trabalho, não temos autorização para instalar nada, pelo que liguei novamente para o dpto de informática.
"Ouça, não tenho PC"
"Como não? Ainda agora o meu colega foi aí e resolveu a questão"
"Pois, realmente. Antes tinha programas e não tinha PC, agora tenho PC mas não tenho programas. Como deve calcular, tecnicamente estou na mesma"
"E já experimentou desligar e ligar a máquina?".

Dejá vue, anyone?

Baralha e volta a dar... e neste baralho, só falta uma carta: 1 Ás.